Desenvolvimento dos alfabetos
Fonte: Wikipedia
Alfabeto Canaanita
Canaanita é o nome dado à escrita proto-sinaítica em inscrições encontradas na região de Canaã; ou pode ser considerada como diversas formas do alfabeto fenício usadas até uma certa data de transição, tal como 1050 b.C., pelo Fenício, pelo Hebraico e por outras línguas canaanitas. Há ainda a hipótese de ser uma escrita que antecedeu o alfabeto fenício com uma afinidade não definida com as canaanitas. Nessa última concepção, a similaridade tem como base um suposto caráter pictográfico, mas não há registro de tal escrita e ilustrações apresentadas são invenções dos tempos modernos.
A escrita Canaanita é na realidade um nome dado a uma versão da escrita proto-sinaítica usada em Canaã, área que hoje cobriria os atuais Líbano, Palestina (Cisjordânia), Israel e áreas do oeste da Síria. A denominação é também usada para referir uma antiga versão do alfabeto fenício usada antes do século XI a.C. Uma pequena quantidade de inscrições Proto-Canaanitas datadas do século XVII a.C. foram encontradas em Canaã, sendo que a maioria é de textos curtos e seriam provavelmente de viagens falantes de línguas semíticas ou de soldados egípcios.
Alfabeto fenício
O alfabeto fenício foi o alfabeto usado pelos fenícios, desde o terceiro milênio a.C.. Foi baseado no alfabeto semita. Acredita-se que o alfabeto grego é baseado no alfabeto fenício, bem como os alfabetos aramaico, hebraico e arábico, bem como diversos outros - de fato, virtualmente todos os alfabetos exceto aqueles do sul da Arábia e o etíope.
Assim como o alfabeto árabe e o hebraico, o alfabeto fenício não tem símbolos para representar sons de vogais; cada símbolo representa uma consoante. As vogais precisavam ser deduzidas no contexto da palavra.
Alfabeto hebraico
O sistema de escrita hebraico, também conhecido como Alef-Beit, é o abjad, utilizado para a escrita em hebraico, que é uma língua semítica pertencente à família das línguas afro-asiáticas, falada em Israel, foi criado por volta do século III a.C. Também é utilizado para escrever o iídiche, língua germânica falada pelos judeus da Europa Oriental e Alemanha.
Alfabeto aramaico
O sistema de escrita aramaico foi um abjad muito difundido na região da Mesopotâmia a partir do século VII a.C., sendo então adotado pelos persas. Diferente do Latim que caiu em desuso por volta de 1300, o Aramaico ainda hoje é uma língua ativa nas aldeias do interior da Síria. O aramaico é um idioma muito esclarecedor para a história da humanidade e sua importância reside no fato de ser o elo de reversão ao aramaico para conhecer a pronunciação dos nomes e dos sons das consoantes que formam o alfabeto hebraico; língua em desuso, muito antiga que até meados do século XX era impronunciável devido a ausência das vogais.
Diferente do hebraico, um alfabeto meramente decorativo somente visto em obras de arte e tapeçarias; o aramaico, ao contrário, sempre foi usado no interior da Síria e sua preservação se deve ao fato de ser escrito e falado pelos aldeões cristãos que durante milênios habitavam as diversas cidades ao norte de Damasco, entre elas reconhecidamente em Ma'lula e Yabrud "onde Jesus Cristo morou por 3 dias" e outras aldeias da Mesopotâmia reconhecidamente católicas por onde Cristo passou, como Tur'Abdin e Mardin ao sul da Turquia fizeram com que o Aramaico chegasse intato até os dias de hoje.
No início do século passado, devido a perseguições políticas e religiosas fizeram com que milhares desses cristãos imigrassem para o ocidente onde hoje restam poucas centenas deles. O primitivo alfabeto aramaico contava com 22 símbolos para consoantes, as quais sofreram modificações por volta do século V a.C. e passaram a apresentar duas formas, uma cursiva e outra dita "quadrada", com traços mais retilíneos.
O alfabeto utilizado para escrever a Língua grega teve o seu desenvolvimento por volta do século IX a.C., utilizando-se até aos nossos dias, tanto no grego moderno como também na Matemática, Física, Astronomia etc. Anteriormente, o alfabeto grego (Ελληνικό αλφάβητο) foi escrito mediante um silabário, utilizado em Creta e zonas da Grécia continental como Micenas ou Pilos entre os séculos XVI a.C. e XII a.C. e conhecido como linear B. O Grego que reproduz parece uma versão primitiva dos dialetos Arcado-cipriota e Jônico ático, dos quais provavelmente é antepassado, e é conhecido habitualmente como Micênico.
Crê-se que o alfabeto grego deriva duma variante do semítico, introduzido na Grécia por mercadores fenícios. Dado que o alfabeto semérico não necessita de notar as vogais, ao contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em consequência o português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para representar as vogais. Este fato pode considerar-se fundamental e tornou possível a transcrição fonética satisfatória das línguas Europeias.
O alfabeto latino, também conhecido como alfabeto romano, é o sistema de escrita alfabética mais utilizado no mundo, e é o alfabeto utilizado para escrever a língua portuguesa e a maioria das línguas da Europa ocidental e central e das áreas colonizadas por europeus. Ao longo dos séculos XIX e XX, o alfabeto latino tornou-se também o alfabeto preferencialmente adotado por um número considerável de outras línguas, em especial pelas línguas indígenas de zonas colonizadas por europeus que não tinham sistemas de escrita próprios.