Milionário norte-americano, nascido em 1941, na Califórnia, tornou-se o primeiro turista espacial da História, ao pagar 20 milhões de dólares (cerca de 22,9 milhões de euros) à Rússia por uma viagem de dez dias que o levou, a bordo da nave Soyuz, até à Estação Espacial Internacional. Tito, que já foi cientista de foguetões, partiu para o espaço a 28 de abril de 2001, tendo sido o primeiro homem a pagar para ter lugar numa nave espacial. O momento mais emocionante da viagem ao espaço aconteceu, segundo o próprio, quando comunicou via rádio com a família, nomeadamente com os dois filhos. O milionário Dennis Tito, para além de passar horas a olhar pela janela, dedicou-se a efetuar trabalhos de rotina na estação espacial, uma estrutura partilhada por russos e norte-americanos, deixando para os astronautas profissionais as tarefas mais complicadas. Mesmo assim, os norte-americanos ficaram incomodados com a presença de Tito, pois alegaram que exercia muita pressão sobre os controladores da missão e sobre os tripulantes. O milionário norte-americano respondeu que o local onde costumava andar ficava situado a cem metros do setor de trabalho dos seus compatriotas. A NASA (Agência Espacial Norte-Americana) opôs-se à presença de Dennis Tito na estação espacial por motivos de segurança, falta de espaço e eventuais complicações legais se algo corresse mal, uma posição que não foi bem aceite pelos russos. Estes alegaram que tinham o direito de enviar ao espaço quem quisessem. A 6 de maio de 2001, após a viagem de oito dias, uma outra nave Soyuz, que até aí era o veículo de emergência da estação espacial, aterrou no norte do Cazaquistão, na Ásia Central, trazendo a bordo Dennis Tito e dois cosmonautas russos. O turista espacial, após a aterragem, teve algumas dificuldades em caminhar e foi carregado por duas pessoas, mas depois de recuperado disse que no espaço se havia sentido melhor do que nunca e que tudo tinha sido perfeito. Dennis Tito sentiu que tinha estado no Paraíso, mas, no entanto, não pretendia repetir a viagem. A NASA, poucos dias depois da viagem de Tito, admitiu ponderar a presença de civis nas missões espaciais a partir de 2003, desde que não fosse em programas incluídos na construção da estação espacial. Recorde-se que foi a NASA a precursora das viagens de civis no espaço, ao transportar na década de 80, no vaivém espacial, professores, artistas e jornalistas. Estas missões foram interrompidas após o desastre de 1986, quando o vaivém Challenger explodiu logo a seguir à descolagem.
domingo, 28 de abril de 2013
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